17 de outubro de 2008

Eu Lemniscata


Surgindo depois de tempos, como se nada tivesse acontecido... apareço rsrsr

Irresistível esta provAção quanto à alma feminina... tantas vezes misteriosa... incompreendida até... Mas há controvérsias... Às vezes o que queremos é tão claro quanto água (que não é a do Salgadinho), mas as expectativas e objetivos apavoram o ser oposto... falamos muito mais claramente o que sentimos, porque realmente sentimos... bem como o que queremos, porque realmente queremos
(com exceções lógico)

Mas hoje é utópico sentir ou querer ou ou... não agrada à lógica do mercado ou das relações... tudo, tudo, tudonada em rápido tempo de execução, com baixos custos e clara objetividade na ação... nadação...

Não há espaço/tempo para o S: Sentir (es); Sentimentos; Sensações; Sonhos; Suspiros; Suspensões; Simbologias; Significados; Saudades; S...

Sou Lemniscata: Que começo, recomeço e retrajeto-me em mim... sou esta equação quantificada, esta curvatura na elipse... que não tem meio começo ou fim e segue ao infinito...

Pois sou mulher: que ora finge, ora esfinge devoradora, ora santa imaculada, ora diva, ora puta, ora objeto de consumo, ora modelo exemplar, ora protetora maternal, ora símbolo sexual, ora ícone ora .. ora.. ora...
Ora! Horas sendo tudo que não é... e que tem que ser...

Musicalmente falando, vamos à Cazuza, quantas vezes temos que nos "fazer de bobo (as) pra você(s) sobressair(em)", nos anular em roupas, gestos e quereres... e pra no final das contas (ou do jogo), o resultado ser o mesmo: vencedores e perdedores, sem prorrogação.

Não proponho uma guerra de sexos, longe disso, esse pensamento reducionista não nos cabe... mas estou propondo:

* Ampliar o olhar ( para outros lugares, além de nossas bundas);
* Exercitar o ouvir (das palavras, mesmo que mudamente ditas);

* Aprender a falar (não ilusões que se querem escutar, mas o que realmente deve ser dito);
* Degustar com apetite (sentido os sabores da carne e da alma);

* Cheirar os diversos aromas (dos esgotos e flores do ser )

* Saber como tocar (o que há de mais íntimo e profundo, além da superfície porosa);


É AMIGO (rsssss), compartilhamos utopias diárias...

Resposta para meu AMIGO: Macléim Carneiro

Eu e a Lemniscata

Suponho que para a grande maioria dos humanos do sexo espermatosante, aventurar-se pelos meandros do universo feminino é como assistir a um jogo do CRB, na atual série B do campeonato brasileiro. Sabe-se que a derrota, seja lá qual for o adversário, são favas contadas, mas uma mórbida curiosidade instiga-os a comparecer ao estádio. O que se repete em cada jogo do “galo” também acontece a cada tentativa de compreensão, cognitiva ou não, dos campos ovulados. Se o futebol já foi definido como uma caixinha de surpresas, onde o imponderável sempre pode acontecer (com exceção do CRB, é claro), a capacidade feminina para alteração da rota, inesperadamente, ao menos parece ser sinalizada. Porém, é aí onde repousa a casca da banana e o charme da questão. Nem sempre, ou quase sempre, não nos é concedida à clemência de decodificar tais sinais. Talvez, não sejamos capazes e, por isso, não aprendemos ainda. Talvez, nunca sejamos e não faça mesmo nenhum sentido em sê-lo.

Com o tempo, e a persistente (má)intenção do approach e seus deliciosos desdobramentos, detalhes quânticos e porosos “desde a serra da barriga, às grutas do coração”, como canta Gilberto Gil, são setas para a interpretação de alguns sinais onde vislumbramos algumas conclusões Auxiliadoras, Aparecidas, Graças, Lindas, Belas, Rosas, Brancas e afins. E nada é exatamente o que parece ser. Tudo carece de tradução pelo refinado código dos sinais encantadoramente femininos.

Se o contato é verbal, tecnicamente, o indicado é gravar em MP3 e depois escutar em reverso, de trás pra frente. Funciona como revelar uma fotografia não-digital: impressiona pela quantidade de informações não percebidas no momento do clik. Porém, se for escrito, tipo e-mail ou sites de relacionamento, preste muita atenção no real significado de cada palavra. Quase nunca estará aparente. Cada palavra terá um sentido subliminar.

Neste ponto é fundamental alguma experiência, geralmente adquirida muito mais pela recorrência do que pela real compreensão dos signos femininos. Se de repente ela começar a se despedir com a palavra AMIGO, assim com maiúsculas, desista! Parta para outra, porque você, em algum momento, demonstrou que não tem a intenção de ser amiguinho dela, e, ela, nem isso. Aliás, tem casos que nem carece de tradução, a não ser pelo fato do comportamento masculino ser diametralmente oposto. É quando, por exemplo, o papo vai evoluindo, evoluindo... e, de repente, ela some sem avisar. Às vezes, reaparece meses ou anos depois, como se nada tivesse acontecido. A dica é a mesma: desista! Parta para outra, não fique alimentando ilusões. Apareceu alguém nada virtual e o recado foi dado sem sequer uma frase que denuncie a fuga.

Já que o Gil foi citado, e até por uma questão de equilíbrio na dose do dendê, cito também o Caetano Veloso quando ele canta que não tem inveja das mulheres em uma série de coisas, menos da longevidade e dos orgasmos múltiplos. Pois bem, se inveja eu tivesse, teria do Chico Buarque que conseguiu de todas elas a complacência e generosidade em admitir a possibilidade de um homem traduzir a alma feminina em canções.

www.macleim.com.br




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