22 de julho de 2008

Diálogo - Cecília Meireles



Minhas palavras são a metade de um diálogo obscuro continuando através de séculos impossíveis.


Agora compreendo o sentido e a ressonância que também trazes de tão longe em tua voz.


Nossas perguntas e respostas se reconhecem como os olhos dentro dos espelhos.Olhos que choraram.

Conversamos dos dois extremos da noite,como de praias opostas. Mas com uma voz que não se importa...

E um mar de estrelas se balança entre o meu pensamento e o teu.Mas um mar sem viagens.



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